Subo e desço de um trem imaginário que me leva do nada a lugar nenhum.
Sempre precisei de lugares e objetos imaginários para construir meus castelos. Esses de areia.
Hoje, falando nisso, perdi o trem.
A CARTA
A carta dizia assim: quando passares por Florianópolis outra vez, venha me ver. Fiquei quieta, não respondi. Escolhi o doce caminho do esquecimento. Resolvi, então, partir. Fui em busca do inalcançável. Nunca mais ele soube do meu paradeiro – embora eu soubesse exatamente onde encontrá-lo.